É um tanto mar de alma, que transcende a palidez...
É de longe tanta a calma, que tormenta a embriaguez...
É Tão vil a pena palha, que não sobra lucidez...
É tão rente aqui tua palma, que me encosta salvidez...
É tão torta e lastra a fauna, que derrama insensatez...
É tão fosca a luz da sauna, que só embaça rispidez...
E tão fria a angústia câimbra, que recobra a sua tez...
E se faz robusta a falta que se sobra em minha nudez!
Consentida minha saudade, laço feito de vontade,
Arrastada em chão de mato, cinza pleno em véu de ato!
Um giz cru mal acabado, que desvela o fino trato,
Que fizeste em essensez!
Essensez, verbo inventado! De tortice, tão pensado:
Por pedir um resultado, do sem nome em meu sentir...
Do que explode em mal bocado, sem vocábulo expressado,
Do que fica enfim guardado, no silêncio a exprimir...
Que transpassa um só legado, de calar sem consentir.
Luciana Muterle Pazetto